terça-feira, 6 de julho de 2010

Deusa

Seu nome traz imponência,
Seu olhar, algo indecifrável.
Seu ar impiedoso, de carência,
Me inquietam, me impressionam.

Não há alguém que saiba dizer;
Se trás consigo alegria ou tristeza.
Talvez um misto dos dois;
Demonstrem sua afirmada incerteza.

Que caminhos terá trilhado;
Quando eu ainda não me encontrava aqui ?
Quantas lágrimas terá derramado ?
Quantas vezes conseguiu sorrir ?

Foi minha razão de orgulho e fonte de meus problemas.
Causadora de muitos sorrisos e acalento de meus medos.
Foi amiga, vilã e heroína.
Aquela que soube quardar meus segredos.

Suas encantadoras histórias repetidas;
Seu jeito de ser forte e frágil em uma só pessoa.
Sua memória fraca, sempre esquecida;
Sua mania de se magoar e rir á toa.

Muitas vezes suas palavras não batiam;
Me doía e elas conseguiam me assustar.
Não te julgo, só Deus sabe o quanto pode ter sofrido;
Ou quantas vezes seu coração veio a sangrar.

Sei que esta sua passagem aqui na Terra um dia irá terminar;
Mas os laços que nos unem são eternos.
Mesmo que esse poema não consiga totalmente expressar.
À senhora entrego meu carinho e amor, sinceros.

~ Poema dedicado a minha avó, Deusa de Barros.

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