domingo, 3 de julho de 2011

Há tempos entendo o significado de tudo isso que me acontece. Mas ás vezes fico confusa.
Minha cabeça gira, dançando algo desordenado e me deixando cada vez mais perdida.
Meu coração entendeu. Que faz parte do aprendizado e que, só assim, posso seguir meu caminho.
Entretanto, minha cabeça vive gritando que não faz sentido. E aí vem o desespero, o choro convulsivo. Eu não consigo aguentar.
Minha força se esvai ao ouvir sempre a mesma história, ao sentir que isso nunca vai ter fim.
Meu coração dói, quer que eu entenda. Sofrer só me fará mal.
Minha cabeça só diz que não, não deveria ser assim.
Me ponho a escrever pra expulsar essa angústia, essa dúvida, esse medo.
Medo de que não sare; de que minha fé se abale; de que eu não consiga suportar...
E aí já não posso mais escrever, tamanhas são as lágrimas, tão profunda é minha dor, tão turvo meu olhar se tornou.
Havia uma estação. Havia também a incerteza do trem que por ali passaria.
Se passaria...
Havia a cidade de destino do possível trem.
Se ele passasse...
Eu até que esperei muito por ele. Rondei incansável noite adentro.
Não achei mais que o nada porém, ainda assim, a esperança. Disseram que ela é a última que morre, mas se a gente perde a força, que mais ela pode fazer ?
Eu só cansei de esperar.
Mesmo aos pedaços peguei o caminho da contramão.
Aquela sua indiferença, disfarçada de aceno, me bastou.
E cá estou.
Tentando imaginar que nem sei direito quem és.
Vai ser melhor assim.
E não há de ser nada demais.
Seguir só.
Procurar outro rumo, outra estação.
Pra fugir e fingir que eu nem sinto mais nada.

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