domingo, 29 de maio de 2011




















Houve um dia em que eu era a fragilidade.
E então me olharam com tanto esmero e cuidado, que fiquei forte.
Sou o que sou porque tive vocês; porque ouvi suas histórias e implorei pra que brincassem comigo.
Meus sorrisos são seus e eu não esqueço sequer um segundo da meiguice de cada uma.
Do sofrimento camuflado com destreza, só pra não me impressionar.
Tantas mágoas embutidas em cada alma. Que se desfaziam ao me olhar, me abençoar, e dizer que o medo é bobagem.
Me deram o que tinham de melhor pra oferecer.
Me fizeram entender que é Deus quem rege a gente, e é Ele quem sabe do nosso destino. Lições que eu dificilmente irei me esquecer.
Adoravam rir de tudo que eu dizia, e acreditavam em cada loucura minha...
Além das lembranças, trago aqui uma saudade apertada que dói o coração.
Tudo o que eu queria era sentir aquela mão acolhedora que passava por meus cabelos e cantava alguma canção.
Ouvir em segredo que eu sou a predileta.
Sentir o calor de cada abraço.
Agora a fragilidade está em vocês e eu não sei como passar-lhes força. Não tenho esse dom.
Mas posso dizer que o que eu sinto vai além de qualquer linha do tempo.
Que vou sempre agradecer pela dádiva de tê-las em minha vida.
E que não há angústia maior do que o medo de perder vocês.

terça-feira, 17 de maio de 2011


Seria mais fácil fazer como todo mundo faz.
O caminho mais curto, produto que rende mais.
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz.
Um tiro certeiro, modelo que vende mais.
Mas nós dançamos no silêncio,
choramos no carnaval.
Não vemos graça nas gracinhas da TV,
morremos de rir no horário eleitoral.
Seria mais fácil fazer como todo mundo faz,
sem sair do sofá, deixar a Ferrari pra trás.
Seria mais fácil, como todo mundo faz.
O milésimo gol sentado na mesa de um bar.
Mas nós vibramos em outra frequência,
sabemos que não é bem assim.
Se fosse fácil achar o caminho das pedras,
tantas pedras no caminho não seria ruim  

                                                                                     
Outras Frequências - Engenheiros do Hawaii

domingo, 1 de maio de 2011

A volta do que não foi

Sabe aquele vazio profundo e incômodo que faz doer o coração ? Pois é, ele voltou.
Não sei se é a dor de amor, a vontade de sair por aí sem destino, ou o cansaço. Talvez os três juntos, ou nenhuma das alternativas.
Só sei que, novamente, a motivação se foi. E eu perdi a vontade de dizer pra todo mundo que os problemas tem solução... Como resolver um problema indefinido ? Com um sorriso, uma música ? Já tentei, não resolveu.
Eu sei de um remédio infalívei pra todas as minhas dores, mágoas, desilusões, dores de cabeça, labirintites, insônias... mas ele não está a venda. Só se encontra na casa dele, e só cura quem ele quer.
E então, o que fazer ?
Não sei. Nem filmes do Johnny Depp, nem músicas da Ana Carolina. Tudo piora. Eles só me lembram o que eu não posso ter. Me deixam ainda mais triste.
Bom, talvez eu precise descansar a mente um pouco. Parar de pensar em uma solução e tentar esquecer esse problema que eu nem sei qual é. Talvez me fingir de morta resolva...
Você parece que faz força pra que eu me cure de você.
O amor não é doença ! Pelo contrário...
Creio que ele não foi feito para fazer sofrer, mas se sofremos, é por não termos paciência suficiente. O amor não tem pressa mas nós temos urgência. Isso acarreta a dor. Ela é a culpada, entende? Não se culpe. Não tente fazer com que eu esqueça. Não se afaste. Não me trate mal. Aviso: Não vai adiantar.
Meu coração aprendeu. A te ouvir no silêncio, a guardar seu sorriso num lugar secreto.
Não perca seu tempo pra me dizer que eu devo seguir em frente. Não consigo enxergar um futuro sem você. Pelo menos não agora.
Não queira me aconselhar a desistir. Este sentimento; profundo, intenso e arrebatador que me queima por dentro, aprendeu a aproveitar os momentos sublimes da sua presença ao máximo. A sobreviver com a esperança de sentir seu abraço outra vez. E a compensar neste mísero tempo que passo o seu lado, as lágrimas quentes, que rolam livres quando você vai embora.

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