Mesmo com tudo isso, todas essas mudanças que me ocorreram e ocorrem a cada dia que passa eu no fundo ainda estou aqui, do mesmo jeito que sempre fui.
Eu ainda sou aquela que é sincera acima de tudo.
Que não tem medo de nada, mas não fica sozinha no escuro e grita quando vê uma barata.
Ainda sou aquela que adora cantarolar coisas infantis, que é apaixonada por música e dança o que estiver tocando.
Que ao invés de roupas de marca, prefere a que tiver personagens de desenho animado.
Que quando está feliz sai pulando de alegria e quando está triste chora na frente de qualquer um.
Que se dá melhor com crianças e idosos do que com jovens.
Que joga futebol na rua e pula amarelinha, mesmo já tendo passado da idade.
Que não tem vergonha de ser o que é.
Aquela que é absurdamente fanática por Ana Carolina e que detesta preconceitos, desrespeitos e injustiças.
Que é muito educada mas que solta uns palavrões quando está com raiva.
Que não sabe o que quer e é um poço de contradição.
Que num dia usa vestido florido e no outro coturno.
Que é determinada e não deixa a infelicidade tomar muito espaço.
Que vive e é feita de amor...
Eu ainda sou aquela, só um pouco mais velha, e bem mais madura.
Como e desde sempre. Escrevendo sentimentos em folhas soltas, e descobrindo um mundo em mim.
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