terça-feira, 9 de novembro de 2010

Autor: Fabrício Carpijenar com Bóris Pasternak
Adaptação: Ana Carolina

"Te olho nos olhos
e você reclama que te olho muito profundamente
Desculpa
Tudo que vivi foi profundamente
Eu te ensinei quem sou
E você foi me tirando os espaços entre os abraços
Guardando-me apenas uma fresta
Eu que sempre fui livre
Não me importava com o que os outros dissessem
Até onde posso ir pra te resgatar ?
Reclama de mim
Como se eu tivesse condições de me inventar de novo
Desculpa se te olho profundamente
Rente a pele
A ponto de ver seus ancestrais em seus traços,
A ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos
Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos
Eu não vou renunciar a mim.
Nenhuma parte, nenhum pedaço
Do meu ser vibrante
Errante,
Sujo,
Livre,
Quente
Eu quero estar viva
E permanecer te olhando profundamente."

E se tudo que eu pensasse que sou, for apenas um engano ? E se você tiver mesmo tomado o meu coração, do modo como tomou meus pensamentos ? Tudo isso me assusta muito. E eu nunca pensei que um dia fosse cogitar estas possibilidades. Com você é diferente do que foi com qualquer outra pessoa. Eu não quero admitir, não quero que seja assim mas eu acho... Acho que gosto, que quero, desejo, que você saiba e que você goste da ideia mais do que eu. E que fique perto de mim, pra que eu não sinta mais medo. De nada do que virá depois.

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